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O Dia OnlineEm 02/08/2008 às 22:53 Ivan
Ribeiro, 50 anos, não tem dúvida: caso o filho acerte com o Flamengo,
dará uma resposta ao Vasco, que o dispensou nas categorias de base,
colocará Obina no banco de reservas e ajudará o Rubro-Negro a voltar ao
caminho dos gols e vitórias.
“Seria um sonho, pois ele é Flamengo desde criança. Quando o Vágner
tinha 13 anos, foi pela primeira vez no Maracanã, comigo, assistir a um
Fla-Flu, e disse: ‘Ainda jogo aqui com a camisa do Flamengo”, recorda o
pai coruja.
Em entrevista à repórter Marluci Martins, na edição do ‘Ataque’ do
dia 18 de novembro de 2007, Vágner Love, 23 anos, então na Seleção,
declarou: “Quero voltar e correr pelo Flamengo”
.
Os russos do CSKA fazem jogo duro. “Ele precisa voltar. A família
sente saudade. Eu mesmo nunca fui à Rússia, pois não agüentaria o
frio”, afirma Ivan, que guarda as
camisas da Seleção e do time russo usadas por Vágner Love, além de ter escrito o apelido do filhão na parede de casa.
Ivan recorda que Vágner foi dispensado do Vasco, clube no qual
chegou a morar na concentração, por ser baixinho. O atacante pensou em
desistir da carreira, mas logo foi para São Paulo, onde começou sua
carreira no Palmeiras. “Estou orando muito para que ele volte”,
completa o pai, que acredita que o casamento recente de Vágner com
Marta e o filho Enzo, de 2 anos, podem fazer com que o jogador convença
os russos a liberá-lo.
Com uma camisa surrada do Flamengo — ele ainda espera um uniforme
prometido por Leonardo Moura —, Ivan torce pela volta imediata do filho
ao lado de uma das irmãs de Love, a pequena Tayane, de 10 anos.
“Em 15 dias, ele resolve o problema de gols do Flamengo. Ele é um jogador rápido e bom finalizador”, elogia.
O pai não entende uma única palavra em russo, mas em português
claro, afirma que o apelido de Love caiu bem no filho, que, antes de se
casar, sempre foi muito namorador. Agora, ele espera um relacionamento
do filho com a ‘nação’ rubro-negra. “Vai ser só love, só
amor com a torcida. Ele é a cara do clube”, afirma o pai na missão de convencer o filho a vir para perto da família.
A irmã Tayane já ensaia hinos e músicas. “Imagina toda a família no
Maracanã assistindo ao Love?!”, sonha o dublê de pai e torcedor.
Com toda a negociação envolvendo o Flamengo e os russos, Ivan assume
também seu lado treinador e avisa: se o filho acertar com o
Rubro-Negro, o time poderá contar com dias de glórias e Obina deve se
preparar para voltar para o banco.
“Se o Vágner chegar, o Obina não joga mais como titular”, aposta
Ivan, pai do artilheiro do amor que, antes mesmo de chegar, já provoca
batimentos cardíacos acelerados no pai.