Rio - Seis jogos sem vencer — quatro derrotas e dois empates —,
cobranças, muitas vaias da torcida e queda livre na tabela. Depois de
outro tropeço, Caio Júnior fez uma revelação no mínimo preocupante para
um time que precisa se reerguer no Brasileiro. Segundo o treinador,
ontem o abatimento dos jogadores foi igual ao da trágica eliminação na
Libertadores, quando o Flamengo perdeu por 3 a 0 para o América do
México, no Maracanã.
“Estou muito preocupado com a questão
psicológica, pois no vestiário vi os jogadores com abatimento parecido
com o da derrota para o América do México. A fase realmente está muito
complicada”, admitiu Caio.
Chamado de ‘burro’ ao tirar Toró para
colocar Jônatas, Caio Júnior manteve a serenidade e lamentou que a
sorte que conspirava a favor do Flamengo tenha dado adeus.
“Não sou supersticioso, mas é incrível que logo depois de fazer a última substituição, o Tardelli quebre o braço”, destacou.
Depois que Tardelli saiu, o Flamengo
ficou com 10 jogadores em campo e, a pedido de Caio, Fábio Luciano saiu
da zaga para jogar como atacante. “Foi o tudo-ou-nada”, explicou o
técnico.
Ao comentar suas opções táticas,
novamente Caio Júnior tocou na questão psicológica. “O primeiro tempo
foi muito fechado, sem alegria. Melhoramos no segundo tempo com as
substituições, mas com a rapidez que sofremos a virada tudo foi por
terra. O lado psicológico foi afetado”, completou.
Fábio Luciano admitiu que o
abatimento é grande: “É parecido com o da Libertadores, sim, pois
estamos há vários jogos sem vencer. Todos estão tristes”. Bruno saiu de
campo abatido. “Temos que juntar os cacos. Se a gente desistir, o que
vai ser do Flamengo?”, questionou.
No fim, Caio Júnior tentou encontrar algo de bom ao olhar para a tabela: “Melhor estarmos em 6º lugar do que em último”.